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EMPREENDER O PREDATÓRIO [?]

[MEIO AMBIENTE]

 EMPREENDER O PREDATÓRIO [?]

 (Por Rogério Zenateli – Formação: Filosofia e Teologia)

 Demasiado se discute o sistema de desenvolvimento humano.

Países mais antigos que empreenderam o predatório nos recursos naturais para evoluir, souberam pela história, o quão é melhor empreender a conservação dos recursos naturais.

 Esses países acabam por investir em estruturas e pactos pela conservação dentro e fora de suas divisas.

 Organizações não governamentais (ONGs) foram criadas e alimentadas para fortalecer a ideia do empreendedorismo de conservação. Apelando para a consciência e por meios mais radicais de protestos quando a consciência não quer despertar.

 O Brasil é o País que mais conserva e possui legislação protetivas das florestas e seus biomas (inclusive dos povos e suas culturas das regiões). Ao mesmo tempo, as contradiz, na prática, em vistas de um desenvolvimento de commodities (gerida nos pactos comerciais entre Brasil e China com o fornecimento de soja no Governo Lula).

 Em 2009 advém uma crise econômica mundial, iniciada nos EUA. Essa crise é sentida com mais intensidade em nosso País a partir de 2013, sob o governo da presidente Dilma Rousseff, além dos constantes escanda-los de corrupção envolvendo a Petrobras.

 O empreendedorismo predatório das riquezas naturais ficou intenso a partir da diminuição dos investimentos na área de conservação e fiscalização no Governo Dilma.

 Esquemas de corrupção no Governo através da estatal Petrobras – vale lembrar que esses esquemas segundo os delatores, ocorrem desde a era José Sarney (1985-1990) – deflagradas pela Operação Lava Jato gerou, além da econômica, uma crise política no País. Em 2016 um golpe político retira a presidente Dilma Rousseff do cargo, assume o seu vice, Michel Temer até 2018. O mesmo mantém a escassez de financiamentos protetivos do meio ambiente.

 A atual administração de Jair Messias Bolsonaro, intensifica uma política econômica e de meio ambiente nos primórdios de 2019 predatória dos recursos naturais.

 Em seis meses de governo em 2019, o desmatamento e as queimadas que, já se sentia aumentando desde 2013, chega a ultrapassar os recordes dos anos 90.

 A negação do desmatamento e queimadas da parte das equipes do Governo Federal contra a ciência, ONGs, e institutos de clima, gerou uma onda de protestos no mundo todo.

 Como consequências houve a retirada de investimentos dos países mais desenvolvidos na Amazônia; desafetos entre o presidente e seus apoiadores com membros de outros países; artistas estrangeiros; ONGs e, ativistas do meio ambiente.

 Enquanto a floresta queimava, as orlas das praia, eram invadidas por óleo que até hoje não se sabe a procedência, mas, as consequências ambientais, foram sentidas pelos animais e vidas humanas que tiveram sua estabilidade econômica afetadas. Aumentaram os desafetos com outros países suspeitos do “derramamento” do óleo. Ainda se apura: acidente ou ato criminoso e ninguém se responsabilizou.

 A queimada em 2020 a repete a história de 2019 batendo novos recordes: o fogo se estende ao Pantanal e parques ecológicos. Em abril o Ministro do Meio Ambiente relata hora de “passar boiada” nas pautas do meio ambiente, em plena crise do novo coronavírus, para derrubar legislações que emperram o desenvolvimento dos grandes fazendeiros e exportadores das commodities nacionais.

 O agronegócio é ameaçado desde 2019 com sanções de outros países para a não compra dos produtos brasileiros uma vez que, as medidas protetivas, estão sendo desrespeitadas por parte do Governo. O Governo nega esse fato. Porém, as atitudes de não investimentos e decretos que travam a qualidade das ações de políticas de conservação ocorrem desde a posse do novo Governo. Medidas adotadas pelo Governo que estaciona ainda mais as demarcações de terras indígenas; favorecem a grilagem; desmatamento; queimadas e, garimpos ilegais diretamente.

 Há muito o que relatar porém, o vídeo que se apresenta abaixo da instituição alemã DW no Mato Grosso, pontua uma chance ao empreendedorismo de conservação e desenvolvimento sem o predatório.

 Vias como o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), agricultura familiar e grandes produtores precisam ser incentivados para uma cultura rural de conservação e desenvolvimento sem degradação do meio ambiente.

 Sim, precisa desenvolver e, também conservar! Como fazer isso sem esquecer aquilo? Essa é questão. Vamos ao diálogo e não ao ataque.

 https://youtu.be/0OBF5ky7Iyg

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